Aroldo Pereira
João Aroldo Pereira (Coração de Jesus –
06 de Outubro de 1959) é poeta, ator, compositor e agitador cultural.
Filho caçula de D. Juscelina Pereira Neta, nasceu no município de
Coração de Jesus, Norte de Minas Gerais, e se mudou, no início dos anos
60, com sua a família para Montes Claros/MG, onde reside até os dias de
hoje. Despertado para a poesia ainda garoto, Aroldo Pereira publicou em
pequenas tiragens os livros de poesia Canto de Encantar Serpente (1980),
Azul Geral (1981), Hai Kai Quem Quer (1984) e Amor Inventado: Doces
Pérolas Púrpuras (1986), em livretos mimeografados, motivo pelo qual é
situado dentro da chamada “geração mimeógrafo”, ao lado de outros nomes
da poesia mineira dos anos 70 e 80.
Nesse período liderou a banda punk Ataq.
Cardíaco, uma das pioneiras do gênero no país, alcançando grande
repercussão junto à grande imprensa carioca e paulista. Ainda nesses
anos, atou ativamente na cena cultural e literária norte-mineira, com a
divulgação do seu trabalho poético e da produção artística de outros
poetas montes-clarenses, com a publicação da Revista Kathedra (1977) –
uma promoção da ACAJUL (Academia Juvenil de Letras), da qual Pereira era
integrante – e da Revista Espaço de Prática Poética, editada por
Pereira, Gabriel Gardos, Zacarias Mercau, Nadir Antonio Cunha, Renilson
Durães e Gy Reis Gomes Brito. Entre os periódicos da imprensa mineira em
que vinculou seu trabalho nos ano 70, destacam-se o Jornal de Minas
(Belo Horizonte – 1977 a 1979) e o Jornal Novos Tempos, dirigido pelo
militante político de esquerda Sebastião Soares, e alvo da repressão no
período da Ditadura Militar. Pereira também é autor de Cinema Bumerangue
(Belo Horizonte: Edições Cuatiara; 1997) – obra indicada para o
Vestibular das Faculdades Ceivas, de Januária/MG – e Parangolivro (Rio
de Janeiro: Editora 7Letras/ Coleção Guizos; 2007) – livro adotado para o
Mestrado de Literatura da Universidade Estadual de Montes Claros
(UNIMONTES), em 2008, e para o Processo Seletivo/2010 dessa mesma
instituição universitária. Com o Parangolivro Aroldo Pereira foi um dos
concorrentes do Prêmio Portugal Telecom no ano seguinte a sua
publicação.
Seu trabalho foi incluído em diversas
antologias poéticas brasileiras, entre elas a Antologia da Moderna
Poesia Brasileira, organizada pela poeta, tradutora e crítica paraense
Olga Savary (Rioarte/Hipocampo; 2002); Signopse: Poesia na Virada do
Século (Editora Plur’arts; 1995) – indicado para o Vestibular/1995 da
Faculdade de Agronomia Cesep, de Machado/MG – e Cantária (Plur’arts;
2000), ambas organizadas por nomes pelo poeta e editor Wagner Torres; O
Melhor da Poesia Brasileira – Minas Gerais (Sucesso Pocket; 2002),
organizado por Sergio Peixoto e Gilberto Mendonça Telles; e Terças
Poéticas: Jardins Interno (Belo Horizonte: Secretaria de Estado da
Cultura de Minas Gerais, 2006) editada e organizada pelo poeta Wilmar
Silva, curador do projeto Terças Poéticas. Volume 03 -Literatura e
Afrodescendência no Brasil: Antologia Crítica(Edição UFMG,
2011)Organizada por Eduardo de Assis Duarte e Maria Nazareth Soares
Fonseca. Há oito anos contribui com seus trabalhos poéticos no Livro da
Tribo, um livro-agenda, que reúne textos de poetas de várias partes do
Brasil e do Mundo. Em 2015 terá o lançamento do Parangosário, seu novo
livro de poesia, que dialoga com o artista plástico Artur Bispo do
Rosário.
Aroldo Pereira integrante do Grupo de
Literatura e Teatro Transa Poética, que há mais de 30 anos desenvolve um
trabalho performático com poesia, que marcou a cena cultural
montes-clarense nos anos 80 e 90, ao lado de nomes como Zacarias Mercau,
Gabriel Cardoso, Osmauro Lúcio, Mirna Mendes, Renilson Durães, Helena
Soares entre outros. A partir do Transa Poética, em 1987, nasceu o Salão
Nacional de Poesia Psiu Poético, considerado o maior evento do gênero
no país, do qual Pereira é fundador e curador há 28 anos. Pereira é
verbete do volume II da Enciclopédia da Literatura Brasileira,
organizada por Afrânio Coutinho. Foi homenageado pela Universidade
Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) que deu seu nome ao Centro
Acadêmico de Letras. Em 2005, recebeu a mais alta condecoração do
Governo de Minas Gerais, a Medalha da Inconfidência Mineira, e em 2007
recebeu a Medalha do Sesquicentenário de Montes Claros. Pereira é pai de
Amora, Amanda, Renata, Samuel, Lucas e Maluh. É servidor público
municipal concursado e trabalha no Centro Cultural Dr. Hermes de Paula,
pela Secretaria Municipal de Esportes, Juventude e Cultura.
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